Introdução
Se você deseja vender na internet em 2025, uma das primeiras dúvidas que surgem é: vale mais a pena investir em marketplaces ou em um site próprio? Essa é uma pergunta crucial, porque a escolha do canal de vendas pode determinar a velocidade do seu crescimento, os custos envolvidos e até a forma como sua marca será percebida pelos clientes.
De um lado, temos os marketplaces, como Mercado Livre, Amazon e Shopee, que funcionam como grandes shoppings virtuais. Eles oferecem visibilidade instantânea, mas também trazem concorrência feroz e taxas que reduzem a margem de lucro. Do outro lado, está o site próprio, onde você tem total controle sobre sua marca, experiência do cliente e margem de ganho, mas precisa investir pesado em marketing e tecnologia para atrair visitantes.
Neste artigo, vamos comparar de forma detalhada os dois modelos, mostrando vantagens, desvantagens e estratégias híbridas que podem potencializar seus resultados. Se você quer descobrir onde vender mais na internet em 2025, continue lendo.
O cenário do e-commerce em 2025
O crescimento das compras online
Nos últimos anos, o comércio eletrônico no Brasil e no mundo viveu um crescimento explosivo. O que começou como uma alternativa à compra presencial se consolidou como o canal preferido de milhões de consumidores. Em 2025, comprar online deixou de ser comodidade para se tornar hábito.
Hoje, praticamente tudo pode ser adquirido na internet: de alimentos a imóveis. E com a popularização dos dispositivos móveis, o acesso ao e-commerce ficou ainda mais fácil. Esse cenário favorece tanto os grandes marketplaces quanto os empreendedores que apostam em sites próprios.
A ascensão dos marketplaces
Marketplaces como Mercado Livre, Shopee, Amazon e Magazine Luiza se tornaram verdadeiros ecossistemas. Eles não apenas oferecem produtos, mas também soluções de pagamento, logística e até publicidade interna para os vendedores.
Com milhões de visitantes diários, esses canais oferecem uma vitrine gigantesca para qualquer marca. Para quem está começando, é uma oportunidade de alcançar clientes rapidamente, sem ter que gastar fortunas em divulgação.
O espaço para sites próprios
Apesar da força dos marketplaces, os sites próprios continuam essenciais. Eles representam a chance de construir um relacionamento direto com o cliente, sem intermediários. Além disso, no site próprio é possível aplicar estratégias de branding, oferecer experiências personalizadas e fidelizar consumidores.
Em 2025, com ferramentas mais acessíveis de criação de e-commerce, como Shopify, Nuvemshop e WooCommerce, montar uma loja online própria está ao alcance de praticamente qualquer empreendedor.
O que são marketplaces?
Principais exemplos no Brasil e no mundo
Marketplaces são plataformas online onde diferentes vendedores oferecem seus produtos. Eles funcionam como um shopping virtual, conectando lojistas e consumidores em um mesmo ambiente.
No Brasil, os mais populares são:
- Mercado Livre
- Shopee
- Magazine Luiza (Magalu)
- Americanas Marketplace
No cenário global, se destacam a Amazon, a eBay e a Alibaba.
Como funcionam as vendas em marketplaces
O processo é simples: o vendedor cadastra seus produtos na plataforma, que se encarrega de exibir esses itens para milhões de potenciais compradores. A cada venda realizada, o marketplace cobra uma comissão, que pode variar de acordo com a categoria e o valor do produto.
Além da comissão, muitos marketplaces também oferecem ferramentas de anúncios pagos, que aumentam a visibilidade dos produtos dentro da própria plataforma.
Vantagens de começar por eles
Para quem está começando, os marketplaces oferecem vantagens muito atrativas:
- Alcance imediato: seu produto pode ser visto por milhares de pessoas logo após o cadastro.
- Estrutura pronta: não é preciso investir em tecnologia, formas de pagamento ou logística complexa.
- Confiança: os consumidores já conhecem e confiam na plataforma, o que facilita a conversão.
Em resumo, os marketplaces podem ser uma porta de entrada rápida para o mundo das vendas online.
O que é um site próprio de vendas?
Estrutura de um e-commerce independente
Um site próprio de vendas é uma loja online administrada 100% pelo vendedor. Ele pode ser construído em plataformas prontas (como Shopify e Nuvemshop) ou desenvolvido de forma personalizada.
Nesse modelo, o lojista é responsável por todo o processo: desde a escolha do design, integração com meios de pagamento, até a definição da logística de entrega.
Custos e responsabilidades envolvidas
Diferente dos marketplaces, que cobram comissões por venda, no site próprio os custos são fixos. Eles envolvem:
- Hospedagem e domínio.
- Plataforma de e-commerce.
- Gateway de pagamento.
- Estratégias de marketing digital.
Embora os custos iniciais possam parecer altos, a longo prazo a margem de lucro tende a ser maior, pois não há taxas por transação.
Possibilidades de personalização
No site próprio, a personalização é ilimitada. Você pode:
- Criar páginas únicas para contar a história da sua marca.
- Definir promoções exclusivas.
- Usar estratégias de fidelização, como programas de pontos ou assinaturas.
Isso faz com que o site próprio seja ideal para marcas que desejam crescer e se diferenciar no mercado.
Vantagens de vender em marketplaces
Alcance imediato de público
Uma das maiores vantagens dos marketplaces é o alcance instantâneo. Enquanto em um site próprio você precisa investir tempo e dinheiro em estratégias de marketing para atrair visitantes, em marketplaces como Mercado Livre, Shopee e Amazon, seu produto já começa a ser exibido para milhões de pessoas assim que é cadastrado.
Esse alcance é tão poderoso que muitas marcas iniciam suas operações exclusivamente nesses canais. Para quem está começando, significa visibilidade sem precisar construir uma audiência do zero.
Além disso, os marketplaces investem pesado em publicidade em massa — TV, internet, influenciadores — o que gera tráfego constante. Isso coloca o vendedor em um fluxo contínuo de potenciais compradores, algo difícil de alcançar sozinho no início.
Confiança da plataforma
Outro fator crucial é a confiança que o consumidor deposita nos marketplaces. Muitas vezes, clientes preferem comprar em uma plataforma reconhecida, como Amazon, porque acreditam que terão segurança na transação e garantia de entrega.
Esse fator é especialmente importante para novos vendedores, que ainda não têm reputação estabelecida no mercado. Ao se apoiar na credibilidade do marketplace, é possível conquistar clientes mais rapidamente.
Infraestrutura pronta para vender
Por fim, os marketplaces oferecem infraestrutura completa para o lojista. Isso inclui:
- Sistemas de pagamento integrados.
- Logística facilitada (como o Fulfillment by Amazon ou Mercado Envios).
- Ferramentas de gestão de estoque e anúncios.
Ou seja, o vendedor não precisa se preocupar com a parte técnica. Pode focar em cadastrar produtos e vender.
Desvantagens de vender em marketplaces
Altas taxas e comissões
A maior reclamação dos vendedores é o custo. Marketplaces cobram taxas que podem variar entre 11% e 20% do valor do produto. Dependendo do segmento, isso compromete grande parte da margem de lucro.
Além disso, há taxas adicionais para participar de programas de frete grátis ou para destacar produtos dentro da plataforma. Embora tragam visibilidade, esses custos reduzem ainda mais o lucro líquido.
Concorrência acirrada e guerra de preços
Os marketplaces são verdadeiros campos de batalha. O mesmo produto pode ser vendido por dezenas ou até centenas de vendedores. Isso leva a uma guerra de preços, onde muitas vezes ganha quem vende mais barato.
Para pequenas empresas, competir apenas no preço pode ser insustentável. É preciso buscar diferenciais, como qualidade no atendimento ou entrega mais rápida.
Pouca construção de marca própria
Outra desvantagem é a dificuldade em construir identidade de marca. No marketplace, o consumidor lembra que comprou “na Amazon” ou “na Shopee”, mas raramente se recorda do nome da sua loja.
Isso dificulta a fidelização e a criação de uma base de clientes recorrentes. Em outras palavras: você depende do marketplace, mas o marketplace não depende de você.
Vantagens de vender em site próprio
Autonomia e controle total
No site próprio, você é o dono da casa. Tem controle sobre:
- Layout e design da loja.
- Estratégias de marketing.
- Políticas de preços e descontos.
- Relacionamento direto com clientes.
Essa autonomia permite criar uma experiência personalizada, adaptada ao perfil do seu público. Diferente do marketplace, onde todos os vendedores seguem um mesmo padrão, no site próprio você pode diferenciar sua marca.
Construção de marca e fidelização de clientes
Um dos maiores trunfos do site próprio é a possibilidade de construir sua identidade. Cada detalhe — cores, textos, embalagens, atendimento — ajuda a fortalecer a percepção da marca.
Além disso, você pode aplicar estratégias de fidelização, como:
- Programas de pontos.
- Assinaturas mensais.
- Cupons de desconto exclusivos.
- Remarketing por e-mail ou redes sociais.
Isso cria um relacionamento duradouro, fazendo o cliente voltar a comprar com você em vez de procurar concorrentes.
Maior margem de lucro
Sem intermediários cobrando comissões, a margem de lucro no site próprio tende a ser maior. Embora haja custos fixos de manutenção, eles costumam ser menores em comparação com as taxas cobradas por marketplaces.
Para quem já tem uma operação estruturada e quer crescer, o site próprio se torna muito mais rentável a longo prazo.
Desvantagens de vender em site próprio
Necessidade de investir em tráfego e marketing
O maior desafio de quem cria um site próprio é atrair visitantes. Diferente dos marketplaces, que já têm tráfego natural, no seu site você precisa investir em:
- SEO (otimização para mecanismos de busca).
- Google Ads e Meta Ads (Facebook/Instagram).
- Produção de conteúdo (blog, vídeos, posts).
- Parcerias com influenciadores digitais.
Sem essas estratégias, sua loja pode ficar às moscas.
Custos de manutenção e tecnologia
Apesar de menores que as comissões dos marketplaces, os custos fixos ainda existem. Entre eles:
- Hospedagem e domínio.
- Plataforma de e-commerce (Shopify, Nuvemshop, WooCommerce).
- Certificado SSL (para segurança).
- Ferramentas de automação e e-mail marketing.
Além disso, é necessário investir em melhorias contínuas para garantir que o site seja rápido, responsivo e seguro.
Desafio inicial para conquistar visibilidade
No começo, a curva de crescimento pode ser lenta. Muitos empreendedores desistem porque não veem resultados imediatos. Construir tráfego orgânico, reputação e confiança leva tempo.
No entanto, quem persiste colhe os frutos: um negócio escalável e independente.
Comparativo direto: Marketplaces vs Site Próprio
Custos iniciais e recorrentes
- Marketplaces: custo inicial baixo, mas altas taxas por venda.
- Site próprio: investimento inicial maior, mas custos recorrentes menores.
Alcance e visibilidade
- Marketplaces: tráfego imediato, visibilidade instantânea.
- Site próprio: depende de estratégias de marketing, mas gera público exclusivo.
Lucro líquido e crescimento a longo prazo
- Marketplaces: lucro reduzido pelas comissões, crescimento limitado pela dependência.
- Site próprio: maior margem e independência, crescimento escalável.
Estratégias híbridas: usar ambos ao mesmo tempo
Como os marketplaces podem gerar tráfego para o site próprio
Muitos empreendedores utilizam marketplaces como porta de entrada para os clientes. A ideia é: conquistar a primeira venda dentro da plataforma e depois direcionar o consumidor para o site próprio, onde a marca oferece vantagens exclusivas.
Estratégias de captura de leads dentro dos marketplaces
Apesar das limitações, é possível capturar leads indiretamente. Exemplos:
- Incluir cartões dentro das embalagens com descontos no site.
- Criar uma experiência de unboxing memorável para incentivar visitas futuras.
- Usar redes sociais para engajar clientes após a primeira compra.
O equilíbrio ideal entre dependência e autonomia
O segredo está no equilíbrio. Marketplaces são ótimos para começar e ganhar visibilidade, mas o site próprio é fundamental para construir independência.
A estratégia vencedora em 2025 é combinar os dois canais, aproveitando os pontos fortes de cada um.
Tendências para o futuro do e-commerce
O impacto da inteligência artificial
A IA já está revolucionando o e-commerce com recomendações personalizadas, chatbots inteligentes e análise preditiva de compras.
Personalização da experiência de compra
Consumidores querem sentir que a compra foi feita sob medida. Sites próprios têm mais liberdade para implementar recomendações personalizadas do que marketplaces.
A integração entre canais de vendas
O futuro do comércio é omnichannel: integrar marketplaces, sites próprios, redes sociais e até lojas físicas em uma experiência única.
Conclusão: Onde vender mais na internet em 2025?
Não existe resposta única. Se você está começando e precisa de vendas rápidas, os marketplaces são ideais. Mas se deseja construir uma marca sólida e lucrativa a longo prazo, o site próprio é indispensável.
O caminho mais inteligente é combinar os dois: usar marketplaces para ganhar visibilidade e gerar volume, enquanto constrói paralelamente um site próprio para fidelizar clientes e aumentar margens de lucro.
FAQs
1. Qual é mais barato para começar: marketplace ou site próprio?
O marketplace, porque não exige investimento inicial em tecnologia, mas cobra taxas por venda.
2. É possível vender bem só com site próprio?
Sim, mas exige investimento em marketing digital e tempo para construir reputação.
3. Marketplaces atrapalham ou ajudam a marca?
Eles ajudam no início, mas podem atrapalhar se houver dependência total. O ideal é usá-los de forma estratégica.
4. Quanto custa manter um site de e-commerce em 2025?
Os custos variam, mas em média ficam entre R$ 200 e R$ 600 por mês, considerando hospedagem, plataforma e ferramentas básicas.
5. Qual o futuro dos marketplaces no Brasil?
Eles continuarão crescendo, mas a tendência é que lojistas usem cada vez mais estratégias híbridas para conquistar autonomia.